terça-feira, 15 de dezembro de 2009

“A VIUVINHA”
José de Alencar é um escritor brasileiro bem conhecido. Apesar de esse livro ter sido escrito e publicado no ano de 1860, é um romance lido por muitos.
É a história de um casal apaixonado que se encontraram todos os dias até as oito horas da noite, horário estipulado por Maria, mãe de Carolina. Tudo parecia perfeito até Jorge descobrir por seu ex-tutor que estava falido. Jorge haverá gasto toda a sua fortuna de uma forma irresponsável.
Jorge, sem saber o que fazer, resolveu lutar e conseguir toda a sua herança novamente e isso, trabalhando dignamente. Sem contar nada para a sua esposa (casou-se no dia seguinte angustiante descoberta), fugiu pela madrugada. Todos, inclusive a esposa, pensaram que ele havia morrido.
Durante cinco longos anos Carolina foi chamada por todos de “A Viuvinha”.
O que parece não muito real para os dias atuais, é a viuvez casta de Carolina. Claro que no ano de 1860 as coisas certamente teriam acontecido dessa forma. Jorge volta após cinco anos, sem dar qualquer notícia, rico e apaixonado. A viuvinha o recebe de braços abertos e juntos a mãe de Carolina, Dona Maria, vivem felizes para sempre.
Certamente é um bom romance, mas os acontecimentos da época pouco condizem com o mundo contemporâneo. Conseguir grande fortuna, voltar para sua esposa, que pensava ter enviuvado sem que ela tenha tido ao menos um caso... É um tanto inconcebível, mas não é impossível de acontecer, claro.
Infelizmente alguns leitores não conseguem enxergar a beleza de palavras que fazem pensar de forma neutra sobre as ações do mundo sobre a humanidade.
O titulo do romance faz pensar uma mulher jovem, bonita, fogosa... No entanto, fala de um amor respeitoso que vive por toda a eternidade.
José de Alencar faz com que repensemos a vida nos tempos e nos modos verbais pretérito perfeito, presente do indicativo e futuro...
O tempo passa e os acontecimentos só mudam , de lugar. É assim que a vida age sobre nós. É assim que precisamos repensar a vida: através da leitura prática de ontem, do hoje e do amanhã.
Leiam “A Viuvinha” e repensem os seus valores.

Um comentário:

  1. Querida Expedita, seu blog está bastante interessante.
    Amei o cordel que fez sobre o Gestar, entre outras reflexões.
    Um grande abraço!
    Lenita

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